A história do ensino de Sociologia nas escolas caracteriza-se por diversos obstáculos, mas também conquistas para manter a disciplina nos currículos escolares. A partir desse legado de resistência, também nos inspiramos a fortalecer o caráter democrático e implicado em combater as desigualdades sociais com o qual a disciplina se orienta. Neste trabalho, buscamos nas contribuições de mulheres negras brasileiras, pesquisadoras das ciências humanas e das ciências sociais, um olhar sobre temas exibidos nos currículos de Sociologia como classe social e cultura, mas com perspectivas que, geralmente, são silenciadas. Assim sendo, escolhemos focalizar nossas análises em intelectuais como Lélia Gonzalez, Nilma Lino Gomes, Jaqueline Gomes de Jesus, entre outras. Por meio da revisão bibliográfica de autoras negras e suas pesquisas sobre a sociedade brasileira, com diferentes focos, em diferentes épocas, iremos elaborar uma tabela que contenha as categorizações das autoras, dos conteúdos, dos argumentos e das atividades possíveis. Nosso objetivo é contribuir para os debates sobre o ensino de Sociologia nas escolas com uma variedade de referenciais com base em vozes negras tão comumente escanteadas.