A Lei 10.639/03 determina o ensino da História e Cultura Africana e Afro-brasileira em todos os níveis escolares A literatura afro-descendente tem sido negligenciada por muitos anos. Os livros infantis geralmente eram constituídos de apenas um padrão de referência acabam por valorizar um modelo em detrimento a tantos outros, limitando as culturais que existem no mundo a apenas uma, a única, a padrão, a do dominante europeu. Na visão de Turchi (2004) a literatura infantil teve que romper barreiras impostas pela hegemonia do estudo da literatura estabelecida. Para tanto, foram escolhidos dois livros de literatura infantil com personagens negros: As tranças de Bintou e O cabelo de Lelê. Este projeto teve por objetivos explorar aspectos da cultura africana, incentivar a leitura de livros com personagens negros e aprimorar o letramento dos estudantes. A ligação entre a contação de história e as aulas de Língua Portuguesa potencializou o letramento discente a partir de atividades de compreensão leitora, pinturas, desenhos e recontação da história pelos próprios estudantes. Este trabalho é um relato de experiência e foi desenvolvido no 5º ano do Fundamental I, em três aulas de Língua Portuguesa, em uma instituição pública de ensino no Estado de Alagoas. Observou-se que a contação da história com personagens com características afro-brasileiros beneficiaram tanto na aprendizagem de aspectos culturais, quanto em suas produções, orais e escritas.