A inovação constante da tecnologia vem mudando a forma como interagimos e aprendemos. A presença de mídias no espaço escolar vem contribuindo de forma significativa para o processo ensino-aprendizagem. Neste trabalho, versamos sobre as práticas de letramento na rádio escola, uma mídia que resiste ao tempo, se adequa às inovações de cada geração tecnológica e adentra o espaço escolar como atividade de extensão dos conteúdos estudados em sala de aula e dos temas que por eles perpassam. Nosso objetivo foi investigar as práticas de letramento que a rádio escola pode oferecer à educação básica. Para isso, realizamos uma pesquisa de natureza bibliográfica, dialogando com outros pesquisadores mais experientes no assunto, como Baltar (2012), Consani (2015), Lopes (2006), Soares (2009), Dudeney et al. (2016) e Marcuschi (2010). Analisamos seus aportes para chegar a uma visão mais ampla do fenômeno pesquisado. Por fim, apresentamos e discutimos um possível roteiro dessas práticas. E, entre algumas conclusões, ressaltamos que as atividades desenvolvidas em projetos de rádio escola se configuram como práticas linguísticas sociais que formam falantes mais críticos e criativos, pois inserem os alunos em contextos reais de uso da língua pelo contato com gêneros textuais que circulam socialmente, levando-os à apropriação de formas de dizer adequadas a públicos e propósitos comunicativos diferenciados. Essas práticas, mais que nomenclaturas e estruturas textuais, permitem a compreensão da função da língua na vida em sociedade, no mercado de trabalho e na geração de conhecimento.