Uma educação inclusiva baseia-se nos pressupostos da garantia de participação e aprendizagem de todos, incluindo os alunos público-alvo da Educação Especial. Portanto, pesquisar estratégias pedagógicas acessíveis contribui na criação de ambientes em que todos os estudantes possam se desenvolver e alcançar conhecimentos, e em especial, o aluno com deficiência intelectual, sujeito focal do presente trabalho. Diante do exposto, o artigo apresenta um relato de experiência sobre um estudo voltado para elaboração e aplicação do Plano Educacional Individualizado (PEI) com foco na alfabetização e letramento de um jovem com deficiência intelectual. Sendo desenvolvido e aplicado de maneira remota, utilizando-se recursos tecnológicos para elaboração de atividades personalizadas que objetivaram contribuir para o desenvolvimento de sua autonomia. O trabalho é parte integrante de uma pesquisa ancorada nos pilares universitários de ensino, pesquisa e extensão. Os fundamentos metodológicos empregados na pesquisa seguem os pressupostos qualitativos com base na pesquisa-ação caracterizada como um método de investigação científica, concebido e realizado em estreita correlação com uma ação voltada para a resolução de um problema, permitindo a aproximação entre a teoria e a prática, contribuindo para práticas educacionais mais inclusivas e profissionais/ pesquisadores mais reflexivos. Os resultados evidenciaram que o uso da tecnologia e o PEI favoreceram o processo de alfabetização e letramento do sujeito. Destacamos a relevância do trabalho pedagógico destas habilidades que são essenciais para a atuação do sujeito na sociedade, contemplando aspectos para além de sua aprendizagem acadêmica, contribuindo para sua autonomia e desenvolvimento integral do sujeito.