A literatura indígena vem do vasto conhecimento oral de um povo que traz em sua memória, marcas que vão do sofrimento vivenciado na colonização ao preconceito velado na sociedade atual. Mesmo sendo invisibilizados durante muito tempo, os povos originários buscam formas de mostrar ao mundo que tem os mesmos direitos e precisam ser respeitados, acabando com a esteriotipação sobre suas crenças e valores culturais. Desse Modo, o objetivo desta comunicação é analisar dois poemas contemporâneos da autora Marcia Kambeba: ( Cocar: identidade ou fantasia? e Chão Kambeba), expondo a importância de conhecer a cultura indígena para compreender a relevância do cocar, da dança, da pintura e do canto não só para os Kambebas, mas para todos os povos indígenas. Metodologicamente trata-se de uma análise interpretativa dos dois poemas, amparados, teoricamente, por Alice Pataxó (2021), falando sobre a importância do cocar para diversos povos indígenas, Almeida tratando do significado da poesia para o indígena, Dorrico (2018), expondo sobre autoria e autonomia indígena, Graúna (2013), tratando da produção literária indígena no Brasil e Rocha (2019), elencando através de Eliene Putira, a relevância da pintura para os indígenas.