A composição de dispositivos figurativos na construção de um filme acarreta inúmeros elementos que podem influenciar de forma direta no conjunto da mise en scene de um trabalho fílmico. Este trabalho tem por objetivo analisar o romance O Tigre Branco (2008), e sua adaptação cinematográfica homônima (2021) de modo a destacar as relações intermidiáticas entre literatura e cinema, identificando as funções estabelecidas por essas relações na construção da personagem Pinky e de seu empoderamento na obra fílmica. Assim, as tessituras de tal trabalho dar-se-ão através de uma análise perpassando questões concernentes à construção da personagem, discutindo a composição do espaço-tempo nas obras e debatendo questões relativas às técnicas utilizadas nas “imagens em movimentos”. Para tanto, consultamos CÂNDIDO (1976) ao que concerne a situação da personagem em ambas as obras; perpassa pelo conceito de adaptação e intermidialidade formulado por HUTCHEON (2013) e RAJEWSKY (2012). É através de XAVIER (2005) e BAZIN (1991) que dialogamos com assuntos pertinentes ao cinema.