Este artigo trata da importância da identidade na construção social do sujeito, com a particularidade da língua indígena como língua materna na educação infantil. Desta feita, objetivamos compreender as particularidades do currículo de uma escola indígena, observando o que consta em seus documentos de orientações pedagógicas que faz diferença entre outros currículos de escolares regulares. A pesquisa bibliográfica busca encontrar dados importantes acerca de escolas indígenas já regularizadas e perceber os currículos escolares vividos, na cidade de São Gonçalo do Amarante/RN. Compreendemos que as escolas de ensino fundamental têm buscado o reavivamento com a valorização da cultura indígena, trazendo para a sala de aula os estudos da língua materna indígena daquele povo. No entanto, trazer essa valorização desde a educação infantil é favorecer a construção da identidade e autonomia de crianças que poderão obter desde de cedo o bilinguismo, efetivando a sua cultura e história, sendo um protagonista consciente e transformador. Vamos dialogar com Andrade et al (2021), Cóstackz (2022), Santos (2021), Munduruku (2012), Brasil(2017), além das Diretrizes Curriculares da Educação Infantil(2009). No Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro, as comunidades indígenas vêm galgando vitórias no campo da educação Indígena. Conta com experiências de educação indígena em todos os níveis básicos de ensino, possuindo escolas indígenas estaduais e municipais, currículo delineado, leis estaduais e municipais aplicadas, materiais didáticos pedagógicos produzidos por professores indígenas, formações e projetos em conexão com institutos federais e universidades. Além destes avanços, destacamosos a transversalidade dos saberes ancestrais indígenas por todas as disciplinas, espaços de memórias e o ensino da língua materna desde a educação infantil.