O trabalho buscou possibilidades de aplicação da Lei 10639/2003 no ensino de química a partir de reflexões e proposição de atividades na formação inicial de professores. 23 licenciandos/as que cursavam o Estágio Supervisionado Obrigatório 2, no Curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal Rural de Pernambuco participaram da pesquisa. A investigação foi norteada pelos pressupostos da pesquisa qualitativa. Inicialmente, utilizou-se um questionário Google Forms contendo 15 perguntas relacionadas à caracterização dos/as participantes; questões relacionadas às Leis 10.639/2003 e 11.645/2008; a abordagem de questões relacionadas a uma perspectiva antirracista no ensino de química e autorização para a utilização dos dados para fins de pesquisa. Em seguida, realizou-se um debate relacionado à importância de uma perspectiva antirracista no ensino de química e, por fim, os/as participantes elaboraram um projeto coletivo relacionado com a temática em discussão. A partir dos dados coletados, observou-se que 14 licenciandos/as não tiveram aproximações com discussões nessa direção no decorrer da formação inicial, mas o grupo sinalizou como importante a discussão das questões voltadas as relações étnico-raciais no decorrer do processo formativo. Os/as participantes formaram 2 grupos. Cada grupo elaborou um projeto ao longo de 3 semanas, envolvendo as relações étnico-raciais e o ensino de química com registros na ferramenta Padlet. Os resultados ratificam a importância de que as questões voltadas às relações étnico-raciais sejam abordadas no decorrer na formação inicial de professores de química e sinaliza para as possibilidades de abordagens que subsidiem uma educação antirracista no ensino de química tendo como protagonistas nesse processo os/as futuros/as professores/as.