Recentemente, o estado da Paraíba se tornou um local de acolhimento para refugiados, em sua maioria venezuelanos. Durante a crise em seu país de origem, os venezuelanos se tornaram a maior população de refugiados no estado. Desde então, atores políticos, acadêmicos e população paraibana tem trabalhado para integrar essas pessoas ao novo ambiente e realidade. Uma das dificuldades encontradas para essa integração é a comunicação. Os refugiados, em sua maioria falantes de espanhol, encontram dificuldades na interação em ambientes públicos e na busca por trabalho. Esse fator dificulta a possibilidade dessas pessoas começarem uma vida no novo país. Dessa forma, uma medida que viabiliza a inclusão social dessas pessoas foi a criação de projetos voltados para o ensino do português para os refugiados. O objetivo desses projetos é que o idioma não seja mais uma barreira, mas sim uma ferramenta para acolhimento dessas pessoas. O ensino do novo idioma tem a função de garantir que os refugiados se integrem à nova comunidade, não só pela habilidade de se comunicar verbal, mas também culturalmente. Ao aprender um novo idioma, entende-se melhor a maneira de pensar de determinado povo e consequentemente, aprofunda-se seu contexto. Portanto, o objetivo do presente artigo é analisar esses trabalhos de integração e as dificuldades enfrentadas em seu desenvolvimento.