Fundamentadas na abordagem metodológica de pesquisa qualitativa, este trabalho tem como escopo, positivar a imagem e o reconhecimento da criança como sujeito político-histórico-sociocultural, reforçando sua condição cidadã diante dos processos sociais de colonização e descolonização. Ressaltamos a necessidade de perfilhamento identitário na formação das professoras de alfabetização, a partir do reconhecimento do contexto sócio- cultual dos atores sociais envolvidos. Trata-se de um estudo de caso, na rede municipal de São Gonçalo/RJ, com foco exclusivo no cotidiano escolar, envolvendo profissionais que atuam na alfabetização. Para tal, será realizada uma revisão/reconstrução conceitual de infância e das representações idealizadas de criança. Considerando-se os mais diversos mecanismos de homogeneização individual e coletiva, ressaltando também as discussões em prol das diferenças, evidenciando os mecanismos nos quais as crianças são vitimadas por posturas eurocêntricas, bem como a (des) articulação teóricas e práticas pedagógicas antagônicas a diversidade. O tema abordado, almeja trazer à baila o lócus da formação das professoras de alfabetização, frente o cotidiano escolar, através de uma necessária revisão conceitual de infância e das representações de criança. Ora, se as relações no cotidiano escolar se articulam em redes, o entendimento de tudo é um grande desafio, pois dependemos uns dos outros para conseguirmos atingir objetivos muito maiores, sendo imprescindível a realização de conexões entre saber e o fazer, para ensinar e sinalizar que as relações de cotidianidade na escola são tarefas bem mais complexas do que há tempos, seja ainda pela manutenção do antigo paradigma, ou seja, especialmente, pelo papel atual da escola como espaço de fomentações.