Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 as mudanças nas políticas educacionais se fizeram necessárias. Ao longo desses trinta e quatro anos tivemos a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, das Diretrizes Curriculares Nacionais (2002, 2015 e 2019). Esses documentos norteiam como a educação do país se desenvolverá. O golpe parlamentar de 2016, rompe com uma conquista coletiva que era o estabelecimento de discussões das mudanças na educação brasileira em Fóruns Nacionais e em conjunto com entidades que pesquisa e de classe. Nessa esteira, surge uma série de documentos que impactam diretamente a vida das escolas e universidades públicas, além da vida de professores e de estudantes da educação básica e superior. Pensando nesse cenário o presente texto tem como objetivo avaliar quais as bases epistemológicas e políticas da Base Nacional Comum para Formação de Professores da Educação Básica promulgada em 2019. A pesquisa bibliográfica e a análise documental foram os fios condutores dessa pesquisa. Essa análise indica um claro direcionamento para uma educação como mercadoria (FREITAS, 2018; DINIZ-PEREIRA, 2019), com uma formação com direcionamento para o treinamento (ZEICHNER, 2019; 2013), com “ênfase nos insumos e desapreço pelos aspectos pedagógicos-didáticos” (LIBÂNEO, 2011), uma formação voltada para o desenvolvimento de competências que rompem com a visão emancipadora da educação (APPLE, 2011), além da desqualificação do professor da educação básica ao ensino superior o que contribui “para a alienação em suas formas, a saber social, econômica e intelectual” (TAFFAREL, 2019). Saber as bases epistemológicas e políticas contribui para desvendar a quem servem as últimas reformas em vigor na educação brasileira. Suas consequências só serão socialmente visíveis no futuro. Base Nacional