Uma série de assuntos relacionados com as implicações da ciência e da tecnologia junto à sociedade vêm sendo discutidos nos últimos anos, tanto na mídia quanto no meio acadêmico. A nomofobia é o nome utilizado para classificar um transtorno psicológico caracterizado pelo uso abusivo de celulares e aparelhos tecnológicos, que, em alguns casos, pode desencadear comorbidades como a depressão e a ansiedade. O excesso não está relacionado ao tempo em que a pessoa fica no aparelho, mas aos prejuízos que o uso acarreta na vida. Levando-se em consideração o fato de a maioria das crianças e adolescentes atualmente possuírem smartphones e fazerem uso destes durante grande parte do dia, inclusive em salas de aula, considera-se a idade compreendida entre o período escolar como o mais propício ao desenvolvimento do referido transtorno. O mau desempenho escolar é um sintoma frequente em nossas crianças com graves repercussões emocionais, sociais e econômicas. Já não bastassem as variáveis capazes de agravar o mal desempenho, como os problemas de aprendizagem e as variáveis sociais e emocionais pertinentes à vida de cada aluno, contamos atualmente com o uso excessivo de celulares. Por este motivo, cremos que uma visão atualizada do tema facilita o raciocínio clínico, o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Este estudo tem como objetivo uma revisão atualizada sobre o tema nomofobia e ao processo de aprendizagem no período escolar. Trata-se de uma revisão abrangente, não sistemática da literatura sobre aprendizagem, desempenho escolar e à dependência de aparelhos tecnológicos.