Desde o início do Século XX é possível acompanhar a defesa das ideias centradas sobre o uso de Metodologias de Aprendizagem Ativa – MAA como uma proposta que melhor pode aprimorar a capacidade de pensar dos alunos, preparando-os para questionar a realidade, problematizando e estruturando na sua formação e o posicionamento crítico. É a uma abordagem baseada em uma filosofia pragmática da natureza do processo de aprendizagem. A presente iniciativa de investigação traz parte da experiência e atuação da CEAP – Comissão de Educação e Aperfeiçoamento Profissional, institucionalizada em 2016, no Instituto Federal da Paraíba, campus Cajazeiras. Um grupo formado por docentes, técnicos educacionais e discentes, cujo objetivo central tem sido atingir as propostas, institucionalizadas ou não, de incentivo e uso de Metodologias de Aprendizagem Ativa nas atuações dos docentes daquela unidade educacional. A pesquisa é caracterizada como qualitativa, de cunho exploratório e buscou revelar, através de entrevistas semiestruturadas, as concepções de três professores (ensino superior, ensino médio integrado e ensino de jovens e adultos), quais as percepções sobre a recuperação das aprendizagens associadas ao uso de metodologias de aprendizagem ativa no retorno à presencialidade no período pós-pandêmico. Os docentes relatam um quadro preocupante, com a retomada prevalecente do modelo tradicional e expositivo de aula, da urgente necessidade de realização integrada de avaliações diagnósticas com alunos, da necessidade do sistema educacional prever melhores condições de formação docente, uma gestão eficaz da carga de trabalho das equipes educacionais e o acompanhamento psicopedagógico extensivo dos diversos atores, a fim de prover condições adequadas à retomada do desenvolvimento educacional de qualidade.