As discussões em torno dos papeis de gênero nos provoca neste Artigo a refletir através da animação “Era uma vez outra Maria”. A personagem percebe como seu irmão é tratado diferente de si. Com o objetivo discutir as relações de gênero a partir da socialização primária por meio da instituição família à figura feminina retratada nas artes visuais, temos uma pesquisa qualitativa motivada pelo curso Gênero e Diversidade na Escola, GDE da Universidade Federal da Paraíba. O aporte teórico parte do material indicado no curso, artigos publicados no Google Acadêmico e de autores que dialogam sobre o assunto. A história revela como as expressões de satisfação e identificação de Maria são anuladas em meio às obrigações domésticas no trabalho de reprodução social, invisíveis e desvalorizadas. Uma clara naturalização das opressões. Mas, as violências sofridas levam Maria a analisar o passado, se reposicionar no presente, e se lançar em novas experiências com projeção no futuro. Fortalecida por uma nova rede de apoio e conhecimento é capaz de ressignificar suas relações e agir de modo autônomo e crítico, o que para muitos/as se apresenta como emancipação.