Neste trabalho, objetivamos compreender qual a motivação discursivo-ideológica na criação dos sinais das universidades brasileiras. Para tanto, fazemos um levantamento de sinais utilizados para fazer alusão a essas universidades. Como um critério maior para a seleção de quais exemplares seriam ilustrativos do fenômeno abordado, elencamos apenas aqueles sinais advindos de instituições públicas federais. No que concerne à quantidade, optamos por eleger cinco, número suficientemente grande para observar a repetição de certas características no ato de nomear. No que diz respeito ao material utilizado para embasar as discussões deste trabalho, recorremos a autores dos Estudos Surdos, dentre os quais Perlin (2003), Ladd (2005) e Strobel (2009). A opção teórica foi feita com vistas à compreensão de como os sinais desempenham papel essencial no contexto da comunidade surda, como a língua se constitui em um arfetato cultural e como os sujeitos, ao nomearem o mundo, se percebem social e identitariamente. Ao final desta investigação, fica evidente a pluralidade de motivações para a nomeação, algumas de ordem prioritariamente linguística, outras de ordem estritamente sociocultural.