A relevância das plantas na vida do homem é notória desde os primórdios da humanidade. No entanto, a botânica é comumente ensinada nas escolas de forma descritiva e sem contextualização com a realidade. Buscando o aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos de botânica, de forma a torná-los mais atrativos e estimulantes, este trabalho teve como objetivo a vivência de práticas experimentais, a fim de que os alunos pudessem relacionar as observações e análises realizadas com o conteúdo teórico estudado em sala de aula. Para tanto, foi utilizada como abordagem metodológica o ensino por pesquisa, com a montagem de um experimento com plantas do grupo das angiospermas (milho e feijão) em diferentes ambientes (luz plena e sombreamento 50%), que serviu de base para atividades práticas relacionadas ao crescimento, morfologia e fisiologia vegetal, realizadas com alunos do 2º ano dos cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFRO - Campus Jaru. Os alunos acompanharam os efeitos das diferenças ambientais no desenvolvimento das plantas e realizaram diferentes avaliações em campo e no laboratório de biologia. Plantas expostas ao sol cresceram um pouco mais que as de sombra, mas produziram menos folhas, provavelmente como estratégia para evitar a perda de água por transpiração. Tais plantas também tiveram menor quantidade de estômatos visualizados ao microscópio. No feijão exposto ao sol foram visualizados tricomas, o que não ocorreu em ambiente protegido. Quanto aos pigmentos fotossintéticos, plantas sombreadas exibiram maior teor de carotenoides. O compartilhamento dos resultados alcançados foi apresentado pelos alunos durante a Mostra de Ciência e Tecnologia, verificando-se o empenho e aprendizagem dos conteúdos. Ademais, a vivência experimental despertou a curiosidade e o interesse científico, dando suporte ao entendimento sobre metodologia científica e uso de equipamentos e materiais de laboratório.