A formação de professores tem sido apontada como uma das ações possíveis para minimizar os problemas existentes no ensino de ciências dos anos iniciais do Ensino Fundamental. O presente estudo busca analisar os impactos da implementação de uma formação continuada sobre o ensino de ciências seguindo os pressupostos da pesquisa-ação e suas contribuições para os professores dos anos iniciais. A abordagem metodológica foi de cunho qualitativo, partindo da implementação da formação com a participação de seis professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Duque de Caxias – RJ. Como instrumentos para a coleta de dados, foram utilizados: entrevistas, diário de campo, gravação em áudio dos encontros e registro escrito dos participantes. Ao longo da formação buscou-se dar oportunidade aos professores de refletirem a respeito de aspectos práticos e teóricos relacionados ao ensino de ciências, discutindo temáticas relevantes, como: Legislação e direitos de aprendizagem, Literatura infantil, Alfabetização científica, CTS – ciências, tecnologia e sociedade, Atividade investigativa e Experimentação. Os resultados obtidos foram bastante significativos e aspectos como a falta de formação das professoras, a falta de oferta de formação continuada sobre o ensino de ciências, especialmente na educação infantil, o foco na alfabetização e matemática e a falta de tempo para estudo e planejamento foram elencados como os principais entraves e desafios. Por outro lado, o repensar da prática pedagógica, a prática colaborativa, a articulação do ensino de ciências com outras áreas do conhecimento e o como os alunos aprendem, foram apontados como contribuições relevantes pelos professores. Tais resultados evidenciam a importância da formação continuada de professores como uma das ações que pode ser utilizada para minimizar os problemas e contribuir para a transformação da realidade escolar do ensino de ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental.