A Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), doença pandêmica causada pelo novo Coronavírus, em dezembro de 2021 foi responsável por 5,3 milhões de mortes. A transmissão ocorre através de aerossóis que pode atingir qualquer célula que expresse em sua superfície a Enzima Conversora de angiotensina 2. A manifestação da doença varia desde quadros assintomáticos até graves, dependendo do sistema imunológico (SI) do indivíduo, sendo a população idosa com maior taxa de gravidade e óbito. Assim, este trabalho objetiva compreender a relação da imunossenescência com a manifestação clínica da COVID-19. Trata-se de uma revisão da literatura, de caráter qualitativo, realizada em junho de 2022, na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde. Foram empregados nas buscas os Descritores em Ciências da Saúde: COVID-19; Imunossenescência; Envelhecimento. Como critérios de inclusão: artigos completos, gratuito, nas línguas inglesa e portuguesa, publicados nos últimos 5 anos, e foram excluídos: artigos de revisão e que fogem do objetivo proposto. A busca retornou 14 trabalhos que, após análise, foram inclusos nove e excluídos cinco. A senescência celular compreende mudanças nas células de vida longa, inerente aos indivíduos de qualquer idade, sofrendo influência da genética e epigenética. No envelhecimento, o SI passa por alterações e desregulação, levando a imunossenescência e inflamação. Esses processos estão associados à gravidade e letalidade pela COVID-19 em idosos, os quais apresentam maiores chances de manifestar a tempestade de citocinas quando comparados aos jovens. Essa inflamação contribui para a expressão de células supressoras, que levam a inibição de células T específicas para o novo coronavírus. Na imunossenescência, ocorre a diminuição da capacidade do SI reconhecer novos vírus, da produção de células T, menor liberação e especificidade dos anticorpos. Com isso, é perceptível que a gravidade da COVID-19 está associada com a imunobiografia do indivíduo, com a capacidade de resposta do SI frente à infecção viral.