Em que pese os esforços de décadas pela superação das práticas pedagógicas no ensino superior de simples reprodução do conhecimento, o mito persiste, impondo-se como mecanismo de banimento social e de perpetuação da condição de marginalidade em que vive grande parte da população brasileira que chegou à universidade, fato que compromete severamente a consecução do projeto nacional por uma educação inclusiva, emancipadora e, o desejo mais político do que social de se elevar o nível de escolaridade dos brasileiros. Assim, tanto a escola quanto a universidade continuam marginalizando o sujeito social real que desde a educação básica fora submetido à fôrma cartesiana e que continua nesta mesma fôrma durante a sua formação universitária que deveria ser de fato emancipadora e promotora do desenvolvimento humano, através da potencialização da mente. Neste sentido, discutimos como se dá a (re) produção do conhecimento na universidade e a necessidade de se resgatar o ensino como especialidade acadêmica, à luz das duas tipologias de docências superior identificadas por Barbosa (2006) em sua dissertação de mestrado: a docência centrada no ensino e a docência voltada para a aprendizagem.