INTRODUÇÃO: Os acidentes na infância representam uma importante causa de morbimortalidade no mundo atual, representando um problema de saúde pública. As crianças estão expostas frequentemente às situações de risco, seja pela inadequação do ambiente, desinformação ou negligência dos responsáveis, o que infelizmente fornece meio propício à ocorrência de injúrias. O ambiente escolar, por concentrar crianças da faixa etária de maior risco para intoxicações exógenas, exige maior atenção dos profissionais educadores. Na escola é possível estabelecer estratégias de prevenção, como criar um espaço livre de plantas tóxicas e/ou dominar as informações necessárias para utilizá-las como instrumento de educação continuada em saúde. OBJETIVO: Promover, entre discentes do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Campina Grande, campus de Campina Grande/PB, palestras e discussões sobre plantas ornamentais, tóxicas e medicinais, destacando a importância de sensibilizar e educar crianças sobre o risco de contato com intoxicantes. METODOLOGIA: A extensão baseou-se na metodologia da pesquisa-ação, um tipo de pesquisa social realizada em estreita associação com a resolução de um problema coletivo. Realizada por discentes de Enfermagem, Medicina e Psicologia do grupo PET Conexões de Saberes Fitoterapia (UFCG), as atividades ocorreram durante os meses de Maio/Junho de 2014, perfazendo um total de 15 horas/aula. Foram aplicados questionários para avaliação de impacto da intervenção antes e após a ação extensionista. Um total de 33 alunos, divididos em 2 turmas, participaram da formação. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Do total, 87% eram mulheres. A média de idade foi 24,5 anos, 63% não possuíam outra formação, 15% já haviam trabalhado como profissionais de saúde e 93% nunca haviam participado de programas institucionais (PIBID, PIBIC, Probex, etc.). Destes, 60% souberam diferenciar plantas tóxicas de ornamentais, 57% descreveram “intoxicação” de maneira satisfatória, 45% não conheciam nenhuma planta tóxicas e 33% citaram pelo menos um sinal ou sintoma de intoxicação. Vômito, prurido, manchas na pele, diarreia, febre e ardor nos olhos foram os sintomas de intoxicação mais citados. Quanto à maneira de proceder em caso de intoxicação, 69% dos discentes concordaram que a melhor atitude é levar a criança à um hospital. A preocupação com a planta que causou intoxicação foi manifestada, justificando que dessa maneira o tratamento da intoxicação seria mais efetivo. Abordagens lúdicas (encenações, jogos, etc.), participação dos pais, diferenciação de plantas tóxicas de não tóxicas e exposição de riscos relacionados ao contato com plantas tóxicas para as crianças são exemplos de estratégias para prevenir acidentes na escola. Comigo-ninguém-pode e Urtiga foram as plantas tóxicas mais citadas. CONCLUSÃO: A escola, por meio dos profissionais educadores, tem papel fundamental na sensibilização da criança quanto aos riscos de acidentes e os mecanismos de evitá-los. Consolidar saúde e educação é necessário, pois a inter-relação escola-família requer contínua articulação para que se consiga fortalecer e alcançar propósitos com vistas à construção da cidadania. Os participantes se tornaram capacitados para popularizar e multiplicar esse conhecimento nos ambientes onde forem inseridos.