DUARTE, Suenia De Lima et al.. Um olhar dado a pesquisa na formação docente. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7998>. Acesso em: 23/11/2024 22:38
A pesquisa cientifica é um caminho, dentre tantos outros essenciais, há ser percorrido pelo aluno na universidade, sendo a mesma um dos três pilares que sustentam o ensino neste universo. Por meio da pesquisa é possível perceber novos olhares, não apenas sobre os conhecimentos específicos e científicos de uma área, mas também sobre si mesmo e sobre o outro. Nesse sentido, a universidade não existe apenas para estreitar o foco do olhar, mas também para aumentar as experiências de quem vive esse espaço. O objetivo deste trabalho é refletir sob uma nova possibilidade de fazer pesquisa na formação inicial do professor. Utilizou como proposta teórico-metodológica o aporte teórico de Edgar Morin, sem desconsiderar outros olhares. Sob essa ótica, o ato de pesquisar não parte do vazio e sim de várias experiências acumuladas e vividas pelo homem. A pesquisa, portanto, carrega consigo grandes possibilidades de contribuir de maneira significativa no processo de aprendizagem, bem como na (auto)formação daqueles que a praticam, mas para que essa seja sentida e percebida dessa forma, se faz necessário um (re)olhar mais humano, em que seja superadas as dicotomias, fragmentações e isolamentos existentes entre os saberes na universidade. Nesse sentido, a pesquisa ultrapassa uma função meramente racionalista, voltada apenas para informações objetivas sobre determinado objeto de investigação, passando esta a ser vista como um instrumento de humanização e de (auto)formação. Todavia, lembramos que o verdadeiro desafio está em pensar a pesquisa de forma tão singular, de maneira que haja, ainda na graduação, um casamento entre saberes técnico-científicos e humanísticos. Decerto, essa não é tarefa fácil, mas urge sua efetivação para que se possa alcançar práticas educativas mais humanizadas e humanizante e para que, nesse caminhar, o aluno em formação inicial possa perceber-se, um ser que se faz a fazer-se e, consequentemente, construindo-se conscientemente. Com isso, percebemos aqui que o exercício da escrita, leitura e reflexão aliado a um tratamento mais humano na forma de fazer pesquisa ainda na formação inicial, se apresentando como um rico instrumento de (auto) formação.