Este artigo produz uma análise comparativa dos cursos de Licenciatura em Matemática, baseando-se na matriz curricular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Levamos em consideração a carga horária, a estrutura curricular e as disciplinas voltadas para a formação docente. Temos como objetivo refletir a formação docente do licenciando em Matemática, visando os conteúdos adotados para sua formação. Tomamos como referencial teórica: CURY (2001), SIMÕES (2003, 2010). Verificamos que não há uma homogeneidade entre os cursos de Matemática analisados, assim algumas matrizes curriculares da UFPE e da UEPB apresentam disciplinas indispensáveis para a formação docente, enquanto a UFPB não as apresenta. É fato que desfalcar algumas disciplinas para enaltecer outras pode prejudicar a qualificação do profissional licenciado em Matemática, uma vez que as disciplinas pedagógicas são tão importantes quanto às disciplinas específicas. No levantamento realizado percebem-se as desigualdades existentes do curso em cada universidade, variando as cargas horárias e as disciplinas, no tocante às disciplinas exclusivas para a formação docente na UFPB. Entende-se que as universidades limitam-se ao pragmatismo cuja meta é formar pessoas especializadas a ser lançadas à sociedade com uma ampla formação intelectual, todavia, mesmo que a formação profissional seja crucial aos subsídios econômicos, de nada adiantará se nas matrizes curriculares dos cursos estiverem ausentes disciplinas inerentes à prática pedagógica. Por fim, constatamos que o Curso de Licenciatura em Matemática na UFPB possui uma formação docente inferior à das demais universidades analisadas.