SEXUALIDADE E LOGOTERAPIA:UM ESTUDO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DEFICIENTES VISUAISMarinalva da Silva Mota UEPBmarinasmota@gmail.comCamila Pratrício GuedesUEPB cpgcamilaguedes@gmail.comÊnnia Priscila de Melo CostaUEPBenniapriscila@hotmail.comVictória Rayane Silva Freitas UEPBVivifreitas18@gmail.comResumo: Esta pesquisa-ação-intervenção buscou compreender como crianças e adolescentes deficientes visuais conhecem e vivenciam a sexualidade nos dias atuais. Sabemos que a puberdade e adolescência são fases do desenvolvimento psicossocial que acarretam mudanças físicas e psíquicas, tais etapas são marcadas pelo despertar de novos desejos e fantasias. E, em se tratando de crianças e adolescentes deficientes visuais, faz-se necessário um conhecimento mais apurado a respeito do desenvolvimento psicossexual dos mesmos, uma vez que a deficiência visual limita as informações vindas do meio externo, diminuindo uma grande quantidade de estímulos necessários à construção de conhecimentos de si mesmos e do mundo. Nessa perspectiva a pesquisa foi realizada com uma amostra não aleatória, composta por um grupo de sete crianças e adolescentes, com idade entre 10 e 15 anos, de ambos os sexos, vinculados ao Instituto de Educação e Assistência aos Cegos do Nordeste de Campina Grande, Paraíba. Os/as alunos/as integrantes da amostra responderam ao questionário sócio demográfico, em seguida foram realizadas entrevistas semiestruturadas gravadas em áudio com os sete alunos grupo pesquisado. Assim, pudemos constatar na fala dos entrevistados que discorrer sobre sexo/sexualidade causa vergonha, mexe com tabus e conceitos remetidos tão somente ao ato sexual. Que os pais ou responsáveis não participam da educação sexual dos/as filhos/as, o que os obrigam a procurarem conhecimentos, sozinhos. Constatamos ainda que, mesmo sendo deficientes visuais, totais ou parciais, os entrevistados demonstraram ter interesse em entender o sexo e, mesmo de forma sucinta, suas falas indicaram que, assim como os púberes e adolescentes videntes, eles passam por situações semelhantes. E como diz Sá; Campos; Silva (2007) os deficientes visuais lançam mão dos outros sentidos para estabelecer contato com o meio que os cercam. Mesmo quando este meio é limitado pelo preconceito dos adultos que os rodeiam. A intervenção teve como objetivo atender as necessidades do grupo pesquisado e esclarecer questões relacionadas ao sexo e sexualidade compreendidos como expressão do amor a si mesmo e ao outro, como afirma Frankl (1973). Palavras-chave: Sexualidade; Logoterapia; Deficiência visual; Orientação sexual.