Partindo do pressuposto de que as práticas escolares estão atreladas ao fazer docente, importa ressaltar a relevância da busca constante de inovações, por parte dos educadores. Nesse sentido, o presente trabalho pretende refletir acerca das práticas de ensino, bem como verificar quais estratégias de leitura são utilizadas para a interpretação de textos, literários ou não literários no Ensino Médio. Objetivamos, ainda, demonstrar como certos conteúdos de língua portuguesa podem ser abordados em sala de aula, a partir de uma proposta de intervenção referente à leitura de textos multimodais, com a finalidade de desenvolver no aluno a potencialidade de posicionar-se criticamente frente ao lido. Durante a componente curricular Estágio Supervisionado, observamos uma turma de 3º ano do Ensino Médio, com base na etnografia da educação, partindo do princípio de que o estágio supervisionado deve atentar para a formação acadêmica como um meio de observação, reflexão e, sobretudo, de pesquisa. Para tanto, fundamentamo-nos nas reflexões contidas nos documentos oficiais acerca do ensino de língua, como também, sobre a necessidade de integração, no âmbito escolar, das múltiplas linguagens existentes, considerando-se o novo perfil do aluno do Ensino Médio. Além disso, respaldamo-nos em teóricos como Soares (2000), Marcuschi (2008), Bortoni-Ricardo (2008), Dionísio & Vasconcelos (2013), dentre outros, discorrendo sobre a leitura e sua aplicabilidade no ensino de língua, o trabalho com gêneros textuais, o professor enquanto pesquisador e a abordagem de textos multimodais na sala de aula. Entende-se que a leitura deve ser vista como uma prática social, capaz de possibilitar aos sujeitos o reconhecimento da dinamicidade da língua, que é por natureza argumentativa. Verificamos, assim, a pertinência das estratégias de leitura na formação critica do aluno, podendo refletir no cotidiano social do mesmo.