DIANTE DE CULTURA PATRIARCAL QUE SE MANIFESTA EM DIVERSAS VIOLÊNCIAS COTIDIANAS, É URGENTE PENSARMOS EM NOVOS PROCESSOS DE EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO SUJEITO E DA CULTURA. AINDA MAIS NO CONTEXTO DA SINDEMIA DO SARS-COV-2, ONDE A CRISE SANITÁRIA E ECONÔMICA AGIGANTOU AS ASSIMETRIAS DE GÊNERO, COM A DIMINUIÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DE MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO FORMAL, NA SOBRECARGA DO CUIDADO NÃO-REMUNERADO E NA AGUDIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA E DOS FEMINICÍDIOS. SENDO ASSIM, É POSSÍVEL MUDAR ESSAS REALIDADES A NÍVEL DO SUJEITO E DA CULTURA? NORTEADA POR ESTA REFLEXÃO, ESTA PRODUÇÃO PROPÕE O DIÁLOGO ENTRE DIVERSOS CONCEITOS, ATRAVÉS DE UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, COM O OBJETIVO DE ELUCIDAR ASPECTOS MACHISTAS PRESENTES NA CULTURA E SUAS IMPLICAÇÕES SOBRE A CONSTITUIÇÃO DAS PESSOAS E DA LIMITAÇÃO DOS DESEJOS. RECORREMOS ÀS DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO, DE JUDITH BUTLER (2019), EVOCANDO TAMBÉM A CONCEITUAÇÃO DE CULTURA E DAS RELAÇÕES SOCIAIS DESCRITAS POR FREUD EM “O MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO” (1930) ENTRE OUTRAS OBRAS. COMO VISLUMBRE DE MUDANÇAS, É TRAÇADO UM PARALELO ENTRE O MÉTODO PSICANALÍTICO DA CURA PELAS PALAVRAS, DESENVOLVIDO POR FREUD, COM A INSURGÊNCIA DE UMA EPISTEMOLOGIA FEMINISTA A NÍVEL SOCIAL E EDUCACIONAL DEFENDIDA POR MARGARETH RAGO (2019), ONDE O INCENTIVO À VALORIZAÇÃO DAS OBRAS ESCRITAS SOB AS ÓTICAS DOS FEMINISMOS PODEM IMPULSIONAR-NOS NA SUPERAÇÃO DAS PRÁTICAS MACHISTAS QUE CAUSAM SOFRIMENTOS AO SUJEITO E A SOCIEDADE, CONTRIBUINDO PARA A CONSTRUÇÃO DE NOVAS REFERÊNCIAS DE HUMANIDADE E RESPEITO, POR INTERMÉDIO DE UMA CULTURA FEMINISTA.