A TEORIA DECOLONIAL VISA PENSAR O COLONIALISMO NÃO COMO UM PERÍODO POLÍTICO E HISTÓRICO JÁ ENCERRADO, MAS COMO O PROCESSO DE EXPLORAÇÃO CULTURAL, SOCIAL E POLÍTICO QUE PERSISTE ATÉ HOJE MANTENDO RELAÇÕES DE PODER HIERÁRQUICAS, PRETENDENDO, PORTANTO, QUESTIONAR A NARRATIVA EUROCÊNTRICA, DANDO VOZ A POVOS E CONHECIMENTOS SILENCIADOS DURANTE E POSTERIORMENTE À COLONIZAÇÃO. COM OBJETIVOS SIMILARES, A ‘TEORIA’ QUEER E A FILOSOFIA DA DIFERENÇA TAMBÉM ESTÃO PREOCUPADAS EM CRIAR NOVAS POSSIBILIDADES DE EXISTIR QUE ROMPAM COM A NARRATIVA DOMINANTE HETEROCISNORMATIVA, PENSADA AQUI COMO PARTE DE MAQUINARIAS COLONIAIS. PODEMOS, DESTE MODO, ANALISAR DIVERSOS MARCADORES DA DIFERENÇA A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA INTERSECCIONAL QUE BUSQUE NOVOS CAMINHOS PARA PENSAR OS SUJEITOS E SUAS RELAÇÕES COM O MUNDO. O OBJETIVO DESTE TRABALHO, FRUTO DE UMA PESQUISA DE MESTRADO, É DESMONTAR A LÓGICA E/OU O OLHAR ADULTOCÊNTRICO E DESCOLONIZAR O CONCEITO DE INFÂNCIA, DESPRENDENDO-A DE AMARRAS CORPÓREAS E ACORPÓREAS DAS LÓGICAS COLONIZADORAS E HETEROCISNORMATIVAS. PARA TANTO, DIALOGAREMOS COM A SOCIOLOGIA DAS AUSÊNCIAS, DE BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS, OS CONCEITOS DE HECCEIDADE E MÁQUINA DE ROSTIDADE, DE GILLES DELEUZE E FÉLIX GUATTARI, BEM COMO O SABER-CORPO, DE SUELY ROLNIK. O ESQUADRINHAMENTO POR OUTROS MODOS DE SER DA CRIANÇA SERÁ TRAÇADO A PARTIR DAS EXPERIÊNCIAS EM SITUAÇÕES DE EDUCAÇÃO FORMAL DE CRIANÇAS INDÍGENAS, NA TENTATIVA DE DEIXAR FALAR OS QUE FORAM – E CONTINUAM – CALADOS NOS PROCESSOS COLONIZADORES EDUCATIVOS INSTITUCIONAIS.