O TERMO EVANGÉLICO ESTÁ NA BOCA DO POVO BRASILEIRO. PODE APARECER NA POLÍTICA, NA ESCOLA, NAS VESTIMENTAS, LITERATURA, NA RÁDIO, NOS VIZINHOS E DENTRO DE NOSSA TELEVISÃO. DIFICILMENTE ENCONTRAMOS UM CIDADÃO BRASILEIRO QUE NÃO FAZ A MENOR IDEIA DO QUE SEJA UM EVANGÉLICO. DE MODO GERAL, ATUALMENTE, PODEMOS DIZER QUE, SE OS EVANGÉLICOS NO BRASIL SÃO MAIS DE 23%, A CAPITAL DO RIO JÁ FACILMENTE TEM 30% DE EVANGÉLICOS E O ESTADO, 35%. É UMA POPULAÇÃO MUITO GRANDE E, EM SUA MAIORIA, SÃO MULHERES, NEGRAS E PERIFÉRICAS, QUE MORAM NA ZONA OESTE, NORTE E BAIXADA FLUMINENSE (IBGE, 2010). ALGUMAS MULHERES ENCONTRAM NO ESPAÇO EVANGÉLICO TRABALHO E OPORTUNIDADE DE ACESSAR PROGRAMAS SOCIAIS EM PRESÍDIOS, HOSPITAIS, ONGS E ATÉ NA POLÍTICA (MACHADO, 2005). PERCEBEMOS, ENTÃO, QUE ALGUMAS FALTAS ENCONTRADAS NA SAÚDE PÚBLICA SÃO “SUPRIDAS” DE ALGUM MODO PELO ESPAÇO RELIGIOSO E, NO CASO, EVANGÉLICO. MESMO NAS DIFICULDADES E DESIGUALDADES, AINDA É UM ESPAÇO DE REFERÊNCIA E CUIDADO. ASSIM, A INTERSECCIONALIDADE EMERGE NA PESQUISA COMO MÉTODO (DÍAZ-BENÍTEZ & MATTOS, 2019) QUE POSSIBILITA OLHARES SOBRE O CAMPO RELIGIOSO COM DISCUSSÕES DE PRIVILÉGIOS RACIAIS E SEXUAIS. ESTA MESMA POPULAÇÃO TEM MENOR ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE E AO TRATAMENTO PSICOTERÁPICO. EM CONTRAPARTIDA, TEM VASTO ACESSO A COMUNIDADES EVANGÉLICAS, CUJOS DISCURSOS APONTAM PARA A DESVALORIZAÇÃO DO TRATAMENTO PSICOLÓGICO OU, QUANDO RESPEITADO, APOIAM UMA PSICOLOGIA CRISTÃ, NÃO RECONHECIDA PELO CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, DENTRO DE NOSSO CÓDIGO DE ÉTICA. BUSCA-SE NA PESQUISA UM OLHAR ÉTICO-POLÍTICO PARA ESSA POPULAÇÃO.