O FILME LUCA, LANÇADO EM 2021 PELA PIXAR, CONSTRÓI SOBRE SI UMA AURA QUE FOGE DA CISHETERONORMATIVIDADE PRÉ-ESTABELECIDA PELA SOCIEDADE NO QUE SE REFERE À ARTE INFANTIL, SENDO ASSIM ELE SE APRESENTA COMO AMBIENTE PROPÍCIO PARA DISCUSSÃO DE TEMAS COMO LIBERDADE, IMAGINAÇÃO, E QUESTÕES CORRELATAS À TEMÁTICAS DE SEXUALIDADE E GÊNERO. UMA VEZ QUE AS ARTES INFANTIS SÃO SUB-OBSERVADAS, DEVIDO A UM PRECONCEITO QUE IMPÕE A ELAS A VISÃO DE “ARTE MENOR”, HÁ A POSSIBILIDADE DE AUTORES LIDAREM COM TEMAS QUE A SOCIEDADE NÃO DESEJA DE UM MODO MAIS LIVRE DO QUE OUTROS TIPOS DE ARTES DESTINADAS A PÚBLICOS ADULTOS. LUCA SE APRESENTA NESSE ESPAÇO, TRABALHANDO TAIS TÓPICOS SUBVERTENDO O CONCEITO DE QUEERCODING, NORMALMENTE UTILIZADO NAS ARTES COMO UMA MANEIRA DE ESCONDER CARACTERÍSTICAS QUEERS EM PERSONAGENS FICTÍCIOS OU TRABALHÁ-LOS DENTRO DE ESTEREÓTIPOS NEGATIVOS. DENTRO DE UMA PERSPECTIVA DE PENSADORES COMO JACK HALBERSTAM, RICHARD MISKOLKI, PETER HUNT E DIANA WYNNE JONES, PRETENDE-SE AQUI DELINEAR NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DE ESPECTROS-QUEERS NAS ARTES INFANTIS.