SILVA, Alianna Batista Da. Relações de gênero e educação. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7910>. Acesso em: 23/11/2024 21:45
Inicialmente o magistério era uma atividade realizada por homens, era direcionado ao professor as práticas educativas que circulavam no espaço escolar, das metodologias de ensino até os métodos e propostas para a formação do currículo. Na medida em que algumas transformações sociais foram acontecendo, às mulheres foram conquistando alguns espaços na sociedade, entre eles o ambiente escolar. A docência aos poucos passou a ser uma ocupação mais de mulheres do que homens, ganhando fortes características femininas, principalmente nos anos das fases iniciais. Entre o fim do século XIX para o início do século XX, a construção do ensino, aos poucos foi se modificando deixando de ser uma ocupação masculina e se tornando na sua maioria uma profissão de predominância feminina. Pois, foi se construindo a ideia de que a mulher na docência iria dar continuidade ao trabalho doméstico, realizado em casa. Porém, em sua grande maioria as mulheres viram no magistério a necessidade de trabalhar e promover mudanças sociais e políticas. Alguns discursos que emergiam na época procuravam caracterizar o magistério como uma profissão propriamente feminina, pelo fato de atribuir para a ocupação algumas características ditas adequadas, para a realização das atividades, como docilidade e afetividade. Essas ideias estabelecidas em volta do magistério contribuíram para a formação de uma identidade feminina da profissão, e como resultado os homens passaram a ser minoria. Ao se construir a idéia que o espaço escolar possuía identidades femininas, nacional e internacionalmente, o numero de mulheres na docência cresceu de maneira considerável no decorrer dos anos, principalmente na educação básica.