MENDES, Camila Augusta Melo. Práticas de linguagem na educação infantil .. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7812>. Acesso em: 23/11/2024 23:56
A educação infantil se constitui enquanto primeira etapa da educação básica é permeada por diferenciadas e diversificadas concepções sobre criança, cuidar e educar, contudo tem-se percebido uma concepção recorrente nesta etapa de educação que é a de concebê-la enquanto uma etapa de escolarização, como treino para a alfabetização, restringindo a linguagem a atividades de repetição, mecânicas, isoladas, desvinculadas de uma função social, esquecendo-se da particularidade do brincar e do faz de conta infantil. O estudo utilizou como referencial Kuhlmann Jr. (1998), Zabalza (1998), Prado (2009), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (2010), Mello (2009), Mello (2012) e Vygostsky, Lúria e Leontiev (2001). O objetivo geral deste trabalho é analisar as concepções de docentes da educação infantil sobre as práticas de linguagem na educação infantil; para isso identificaremos quais atividades voltadas para a linguagem escrita, oral e leitura desenvolvem em sala de aula. A metodologia utilizada foi um estudo qualitativo, descritivo, primeiramente fez-se um estudo bibliográfico e em seguida, acompanhou-se a realidade de oito professoras com observação e aplicação de um questionário semi-estruturado a professoras da Educação Infantil que lecionam no município de Raposa, região metropolitana pertencente a São Luís, foram ao todo oito professoras que responderam ao questionário, pertencentes a cinco escolas do referido município. Ao todo foram distribuídos 12 questionários. Como principal resultado evidenciou-se, embora as professoras afirmassem que trabalhavam com uma variedade de textos, contos, textos instrucionais, etc.. Ainda trabalha-se de maneira associada a algum conteúdo como vogais letras, reescrita de letras, silabas. Reconhecem a importância da linguagem, contudo ainda trabalha-se de maneira utilitarista, mecânica, a escrita desvinculada da sua real função social. As brincadeiras e o faz de conta não são explorados como ponto importante da cultura da criança e desenvolvimento posterior de funções mais elevadas, privilegia-se o caráter mecânico e de treino da escrita. Como ponto de dificuldade, evidencia-se a pouca disponibilidade de algumas professoras em dispor suas salas para a observação e a devolutiva do questionário.