A pesquisa da qual intitulamos de “PAIDEÍA, EROS E DIVERSIDADE CULTURAL NO BANQUETE DE PLATÃO” surge com a noção de que, a filosofia surge na Grécia como um tipo de saber que se distinguia do saber mitológico (um saber baseado nos princípios dos deuses e deusas). Platão em todos os seus diálogos faz questão de diferenciar o saber filosófico das outras formas de conhecimento existente na Atenas de seu tempo (um tempo que está dentro das vivências históricas do século V a.C.), a exemplo do conhecimento técnico chamado de techné, do saber retórico (que correspondia à manipulação dos discursos em assembleias e tribunas) que dominava o campo político, econômico e o mitológico, como já mencionado. A Atenas Clássica demonstrava em suas atitudes certo desprezo pelo saber filosófico, a mesma matou a filosofia quando condenou a morte o grande mestre Sócrates. O diálogo “Banquete” é feito com esse propósito, de mostrar que a Atenas do século V a.C. conhecia todas as formas de Eros (amor), mas não conhecia a ascese erótica filosófica que corresponde ao amor do saber filosófico que se dá em forma de potência. Nosso objeto de estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica no Diálogo platônico, o “Banquete” onde faremos uso, na medida do possível, do método hermenêutico, próprio das ciências humanas e históricas, que proporciona a mediação entre passado e atualidade, conduzindo-nos a ações futuras através da interpretação. Dentro dessa perspectiva abordada, podemos dizer que, nossos esforços intelectuais, partem de um não saber, algo imperfeito, mas que se direciona a uma tentativa projetada de ser.