Na perspectiva do otimismo crítico, apregoado por Paulo Freire, compreende-se que uma das funções sociais da escola, independente do contexto em que esteja inserida, é garantir que as pessoas adquiram autonomia e capacidade reflexiva sobre suas condições objetivas de vida para que, a partir disso, consigam atuar política, econômica, cultural e profissionalmente, para independer de instituições ou sujeitos considerados superiores; e subverter as condições de submissão e heteronomia. É a partir desta compreensão que o objetivo deste texto é refletir sobre a educação no/do campo e as possibilidades de práticas político-pedagógicas que podem culminar com o empoderamento dos grupos atendidos. Do ponto de vista metodológico, este trabalho foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico, com autores e com legislação que tratam sobre a educação do campo. Do ponto de vista metodológico, este trabalho foi realizado a partir de um levantamento bibliográfico, com autores e com a legislação que tratam sobre a educação do campo. É o resultado de estudos que vem fundamentando as práticas da atuação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência para a Diversidade (PIBID Diversidade) desde 2010, com alunos da graduação ofertada pelo curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática/PROCAMPO, no município de Oeiras, localizado na macrorregião de Pico-PI. Nos estudos discutimos cinco categorias de compreensões político-pedagógicas pensando no campo, refletidos a partir do Empoderamento que foram: a) Educação para o campo não! Educação no e do campo educação sim; b) visualização do contexto espaço-temporal do campo como espaço pedagógico; c) reconhecer o multiculturalismo do campo e garantir o direito à diferença; d) garantir o direito a saber-se... ou “sairão da escola sabendo-se?”; e) romper a dicotomia campo cidade. Com uma perspectiva de educação do campo e no campo, que ponha em prática ações didáticas voltadas para o empoderamento dos grupos que vivem no meio rural, as políticas públicas do Brasil, têm forte chance de impactarem positivamente a vida da diversidade de sujeitos que residem no meio rural, e assim, não funcionarem apenas como letra morta.