O objetivo do presente artigo é debater a contribuição das Ciências Humanas e Sociais na formação do aluno quanto ao uso das novas tecnologias, estimulando a colaboração transdisciplinar e interdisciplinar de informação e produção do conhecimento. Problematizando as profundas transformações que as Tecnologias de Informação e Comunicação trouxeram ao campo da educação, e sobre as possíveis contribuições que as ciências humanas e sociais podem trazer à pratica pedagógica do professor e da formação do aluno na era digital. Na contemporaneidade, a rede assumiu um importante significado na vida da juventude, tornando-se instrumento de denúncia e de auto-organização. Sem cair na idealização acrítica sobre as TICs, é necessário ressaltar suas potencialidades e suas capacidades, incentivando “uma transformação de nossa cultura material pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza em torno da tecnologia da informação” (CASTELLS, 2003: 67.). Usando um provedor Internet e um hardware para conectar-se, é possível obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente, de qualquer lugar, incentivando “uma revolução tecnológica centrada no processamento de informação, na geração do conhecimento e nas tecnologias da informação”. Nesse novo estágio de desenvolvimento social, existe uma capacidade quase ilimitada para armazenar conhecimento e para acessar a informação gerada pelos demais (CASTELLS, 2001: I: 32) As novas tecnologias possibilitam o acesso à matéria-prima do conhecimento, disponibilizando as informações na rede, porém informação não equivale a conhecimento. Por essa razão as ciências humanas e socais são fundamentais no processo formativo desses sujeitos, pois elas viabilizam uma abordagem transdisciplinar do social e de suas metodologias de tratamento informacional. O papel das ciências humanas e sociais não é tecnológico, mas intelectual, ensinado aos alunos a refletir, questionar, raciocinar para lidar com as novas tecnologias. As ciências humanas e sociais estimulam a curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar as informações mais relevantes, sabendo interpretá-las, relacioná-las e contextualizá-las, criando os próprios métodos de aprendizagem.A escola tem o dever de acompanhar as mudanças que ocorrem fora de suas paredes, tomando consciência da defasagem entre o que ensina e a vida de seus alunos. Na sociedade da informação, o grande desafio da escola é o de ensinar a escolher autonomamente a "informação" pertinente.