O presente artigo tem como objetivo demonstrar através de revisão de bibliografia, uma análise crítica a respeito da efetivação de políticas públicas direcionadas à mulher vítima de violência, bem como demonstrar através de base teórica a importância de uma mudança cultural na sociedade através da educação. Foi realizado um breve resgate das raízes históricas da estrutura social patriarcal e suas influências na gênese da violência, à medida em que confere ao homem o direito de exercer domínio sobre as mulheres. Além da presença do machismo na sociedade atual e suas consequências, verificou-se que o machismo é uma ideologia que está diretamente envolvida no fenômeno da violência contra a mulher, atuando como reforçador de ideias que legitimam e justificam a violência. A partir dessas informações, avaliou-se que a violência contra a mulher possui raízes sócio-históricas, e que os instrumentos atuais de enfrentamento da violência não dão conta de resolver questões ligadas à sua gênese, mas apenas de assistir às mulheres e punir os agressores, o que possui sua importância. Propõe-se que, acrescido às ferramentas já existentes, a melhor forma de prevenção da violência seja a educação, principalmente a educação de base, e que as instituições envolvidas com a educação devem trabalhar em conjunto para promover um ambiente que promova um novo olhar a respeito das questões de gênero. Conclui-se que a educação é imprescindível como meio de transformação da sociedade, e embora seu resultado só possa ser observado a longo prazo, este ainda é a maneira mais eficiente de promover mudanças culturais ultrapassadas, herdadas de uma estrutura social repressiva que deve ser paulatinamente substituída, em nome da garantia de direitos de todos, principalmente das mulheres.