Este trabalho tem o objetivo de apresentar parte dos resultados do projeto “Laboratório de Etnografia Digital”. Esse espaço de aprendizagem e construção de conhecimento tem sido desenvolvido pelo Núcleo de Etnografia em Educação (netEDU) e coordenado pela Prof.ª Carmen Lúcia Guimarães de Mattos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação (UERJ) com o apoio do Departamento de Tecnologia e Inovação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Inovuerj). Através da pesquisa colaborativa de natureza etnográfica, participam do estudo, alunos e alunas, professores e professoras, gestores de uma escola pública do Estado do Rio de Janeiro, assim como alunos, professores e pesquisadores nacionais e internacionais. O objetivo deste laboratório é ampliar e criar inovações pedagógicas na perspectivas dos sujeitos escolares envolvidos visando melhorias no processo de escolarização e avanço científico, convergindo para os processos educacionais aplicados ao Ensino Básico e Superior. Inicialmente foram realizadas melhorias no Laboratório de Etnografia e Educação, onde foram disponibilizados novos equipamentos e mobiliário a partir de aquisição feita através dos financiamentos de pesquisas anteriores (FAPERJ/CNPQ). Os alunos de ensino médio da escola pública participam periodicamente dos encontros realizados pelo grupo de pesquisa, frequentando os seminários e o laboratório, compartilhando e produzindo conhecimentos em parceria com alunos da graduação da UERJ, professores, mestres e doutores que compõem o netEDU. Na próxima etapa desse projeto a etnografia digital será usada para estudar a cultura digital do colégio, com intuito de investigar as interações dentro de sala de aula, a fim de se realizar um levantamento de dados para formulação e aplicação de inovações tecnológicas no contexto educacional. Alguns produtos que pretendemos desenvolver são: painel digital interativo para acompanhamento do processo de aprendizagem; podcasts para capacitação de professores; plataforma de dados sobre etnografia digital (TEJA). Recomenda-se a atenção dos pesquisadores educacionais ao potencial criativo e inovador da etnografia digital para enfrentar as desigualdades e injustiças no sistema de ensino, particularmente em relação à necessidade de igualdade de acesso no contexto da inclusão digital.