Este trabalho é fruto de uma pesquisa feita pela Universidade Estadual da Paraíba – UEPB com o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica, PIBIC/CNPq, cota 2013/2014, sob orientação da professora Drª Maria Lindaci Gomes de Souza, cuja proposta se concentra em problematizar as discussões atinentes a Lei 10.639/2003 no espaço escolar, procurando identificar a aplicabilidade ou não desta Política Pública. Sendo assim, fundamentando-se nas discussões proposta para implantação do currículo étnico racial, buscamos fazer uma leitura a partir do currículo e das práticas culturais desenvolvidas no contexto escolar da escola Firmo Santino da Silva, localizada na comunidade remanescente quilombola de Caiana dos Crioulos - PB. O nosso intuito foi averiguar como os alunos/as, professores/as e gestor da escola têm recepcionado os saberes africanos e afro-brasileiros no cotidiano das aulas de história, observando como a arte, História e cultura afro-brasileiras estão sendo trabalhadas na escola. Para execução da pesquisa, optamos por uma metodologia utilizada com os métodos e técnicas da História Oral, cuja intencionalidade é permitir não só o recolhimento dos depoimentos dos/as colaboradores/as, bem como perceber como esses depoimentos são implodidos a partir das narrativas de si. Conhecendo e reforçando a identidade negra, abordando as dificuldades do ensino nas comunidades remanescentes quilombolas, respeitando e valorizando as diferenças, por meio da investigação por uma abordagem que se insere na perspectiva qualitativa, técnicas empregadas na coleta de dados sobre leis, currículo escolar, imagens do negro no livro didático, conceito de identidade e diversidade cultural. A pesquisa apontou algumas lacunas no cotidiano escolar; o silêncio, um ritual pedagógico a favor da descriminação racial; dificuldade de atendimento da demanda e da qualidade de matérias didáticos para os alunos afro-descendentes na escola quilombola.