A pesquisa intenciona trabalhar com jovens em situação de privação da liberdade, trazendo os campos virtuais de aprendizagens e entretenimento como ferramenta pedagógica propulsora de inserção tecnológica e social para o mundo do trabalho e cidadania. Com o intuito de apreender os interesses e possibilidades de uma profissionalização, escolarização e lazer através das mídias digitais em conformidade com o que está posto nas legislações educacionais do Brasil.A pesquisa justifica-se pela adesão massiva de jovens de todas as idades aos campos virtuais de aprendizagens e sociabilidades como ferramenta comunicativa preponderante e cotidiana de desenvolvimento de habilidades e entretenimento.Mediar à inserção de jovens em situação de privação de liberdade nos campos virtuais de aprendizagens e relacionamentos com suporte pedagógico é o objetivo do trabalho que se norteia pelo seguinte questionamento: como jovens em situação de privação de liberdade podem integrar-se no campo tecnológico com suporte pedagógico, contribuindo para uma efetiva inserção digital/social?A pesquisa atenderá a princípios qualitativos, onde os valores, as crenças, as impressões serão valorizadas. Serão investigados 50 sujeitos jovens do sexo masculino de uma Instituição de Ressocialização do Estado de Pernambuco, que compreenda a faixa etária entre 15 e 17 anos.Como recursos empregados para aplicação da pesquisa e captação de dados, utilizar-se-ão computadores com acesso à internet, Datashow e uma câmera digital. Com o período estimado discorrido de 2 meses, os jovens serão solicitados a falar sobre seus interesses e perspectivas em relação ao futuro, ao campo do trabalho e sobre a escolarização no início da pesquisa. Em seguida, serão estimulados a acessar plataformas de cursos a distância que lhe reportem interesses, assim como assistir a vídeo-aulas no Youtube e outros provedores, como também os usos de ferramentas de busca como o Google e outras fontes de aperfeiçoamento profissional e escolar como blogs, forúns e chat´s, além de ferramentas de cunho pedagógico e de entretenimento como as redes sóciovirtuais, como o Facebook e Twitter. Tudo em uma lógica de desenvolvimento da percepção da importância das ferramentas tecnológicas como fonte de aperfeiçoamento profissional e escolar viabilizador de inclusão digital e social.No final do processo, serão novamente requisitados os sujeitos a falarem sobre as mesmas questões supracitadas, além de outras, como as impressões das aprendizagens conquistadas.A análise consistirá na discussão acerca dos dados colhidos pelas observações e entrevistas realizadas com os sujeitos participantes da pesquisa, dialogando com o arcabouço teórico referenciado em uma perspectiva que atenda aos objetivos de análise do estudo.Com a crescente demanda de inclusão digital de alunos e profissionais fica impossível não pensar a inserção dos jovens, grandes consumidores de mídias digitais, nesse processo evolutivo de aprendizagem e integração social. Logo, pensar em inclusão digital para jovens em situações de privação da liberdade, é pensar em cumprir as próprias leis nacionais e integrar jovens exilados do convívio social às novas demandas de trabalho e educação que poderá permitir uma ressocialização mais efetiva e significativa.