A identidade de gênero e sexual como produção discursiva tem conquistado cada vez mais espaço no mundo científico. No caso específico da identidade sexual, inúmeros discursos dos mais variados agentes sociais tem produzido reflexões e teorizações como forma de inclusão, a exemplo do que conhecemos no Brasil no primeiro ano do governo de Dilma Rousself como “kit gay”. A escola, enquanto espaço de produção de subjetividades, torna-se lugar de disputas de poder cada vez mais acirradas. A função desempenhada pela escola tem sido a de reprodutora dos discursos essencialistas sobre uma identidade sexual fixa e biologizante. No entanto pouco se tem pesquisado sobre o estado da formação de futuros professores e professoras, no que tange a reflexão da identidade sexual. Em geral os debates têm sido direcionados à sexualidade das minorias, mas nada, ou quase nada, sobre a vivência de uma sexualidade dita normal. A presente pesquisa busca apontar, atualmente, indicadores de como tais questões estão sendo refletidas na formação de docentes, em especial como estes veem os materiais educativos produzidos que versam sobre as questões da sexualidade. A análise parcial tem demonstrado que os materiais educativos, até então produzidos, têm contribuído para a superação das concepções binárias e dicotômicas, no que diz respeito à identidade sexual. Nesse sentido a presente pesquisa visa situar a contribuição que a produção teórica, em geral, e a político pedagógica tem a apresentar sobre as questões da sexualidade na educação. A principal metodologia nesse momento é de levantar todo o material possível a uma análise do estado epistemológico dessa produção - (teórico/político/prático).