As representações visuais, sejam elas pinturas ou mapas, são formas que o homem encontra para apresentar, aos seus semelhantes, como ele percebe o meio que o circunda, tal prática data desde os primórdios da humanidade, mas precisamente por volta do ano 500 a.C., segundo pesquisadores ingleses. Desta forma, este trabalho procurou compreender como ocorre a relação do espaço vivido e percepção do mesmo através de uma atividade didática com uma turma de alunos do 1º Ano do Ensino Médio. A referida atividade didática é a do mapa mental, tal figura como uma ferramenta para o ensino do saber geográfico, onde através dele é possível transmitir os conhecimentos básicos da cartografia e explicar o espaço vivido. Para tanto, a pesquisa foi realizada em uma escola de Ensino Médio da cidade de Fortaleza-CE, como abordagem foi utilizada o conteúdo de cartografia elementar que tinham os alunos, um saber prévio que fora complementado por uma explanação dos pesquisadores, também foi apresentada a atividade para os alunos, de como procederia a atividade e sua finalidade, no caso, um mapa. Traz como resultado a representação, por parte dos alunos, algo frequente no nosso cotidiano, que é a violência. A representação escolhida pelos alunos foi surpreendente, mesmo sabendo que Fortaleza é uma metrópole, e como tal sofre com um processo acelerado de expansão territorial, econômica e demográfica e com a ampliação dos seus limites, uma maior circulação de capital e um encontro maior de pessoas, desta maneira, as políticas públicas ineficientes não conseguem atingir de forma satisfatória todos os cidadãos, sendo assim uma problemática que reverbera na capital cearense é a violência, isso pode ser ainda mais preocupante quando se torna a característica mais marcante do espaço para a juventude. A ferramenta nesse trabalho apresenta diferentes possibilidades, pode ser utilizada para ensinar a cartografia, mas também para captar a percepção do espaço vivido pelos os indivíduos participantes. Nesse caminho é possível se estabelecer diagnósticos para o campo de atuação do educador, portanto, o mesmo será capaz de criar meios de resolver problemas futuros, logo acreditamos que essa atividade deva ser desenvolvida com intuito de reconhecimento da turma por parte do professor.