Educar os filhos e prepará-los para agir com responsabilidade e segurança no instável mundo em que hoje se vive, é uma tarefa tão exigente e desafiadora quanto prazerosa e gratificante. O convívio e o relacionamento familiar são fatores fundamentais para o desenvolvimento individual, sua adaptação e inserção da criança no universo coletivo e ambiente escolar. Diante disso, torna-se importante analisar as circunstâncias que colaboram para a ausência dos pais dentro da escola e como isso interfere no dia a dia do filho dentro e fora da sala de aula. O objetivo desse trabalho foi detectar as causas da omissão familiar dentro do cotidiano escolar na vida de seus filhos. Além de distinguir a atuação dos que contam com a participação dos pais e propor alternativas que incentivem a importância da presença familiar nesse universo escolar, procurando dessa forma melhorar o desempenho do filho no processo ensino e aprendizagem. Fundamentalmente insere-se nas contribuições de Colombini (2007), Fraiman (2008) e Taille (2008) que destacam a participação da família como fundamental para que a criança se desenvolva como estudante e como cidadã. Metodologicamente se caracteriza numa pesquisa empírica qualitativa, que utilizou como instrumentos para coleta de dados a revisão de literatura, a observação direta e a aplicação de entrevista. A pesquisa foi desenvolvida no Colégio São José na cidade de São Paulo do Potengi – RN, em turmas do 1° ao 5° ano do ensino fundamental, com vinte e cinco pais de crianças entre 7 e 12 anos. As análises partem dos resultados obtidos nas entrevistas em diálogo com a fundamentação teórica selecionada. Diante dos resultados parciais foi constatado que a falta de tempo é um dos fatores que mais dificulta o acompanhamento das crianças na escola, até mesmo porque a maioria dos familiares trabalha. Alguns alegam que o tempo já é tão corrido que infelizmente tem que confiar a educação dos filhos à escola, mesmo sabendo que essa é uma missão também dos pais. Outro ponto citado foi a falta de contato com os professores. Essas circunstâncias levam os familiares a se afastarem da escola, dos professores, do gestor, enfim, do cotidiano escolar. Entretanto, mesmo que existam algumas dificuldades a família é quem deve priorizar um tempo para estar com os filhos valorizando também suas experiências e conhecimentos adquiridos na sala de aula. Portanto, a escola e a família são fundamentais para o desenvolvimento do sujeito, seja ele no aspecto social ou individual. Embora ainda existam algumas falhas na orientação, ambos precisam rever alguns fatores considerados essenciais nesse processo. Para que o desempenho da criança aconteça de forma positiva e significativa é necessário resgatar a união da família e da escola centrada no objetivo de assistir inteiramente às necessidades do filho/educando, visando contribuir com a formação da sua identidade singular.