SILVA, Aline Nascimento et al.. Educação especial: compromissos e perspectivas. Anais I CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/7172>. Acesso em: 27/12/2024 14:11
Acerca do tema inclusão, é possível inferir que este vem sendo demasiadamente utilizado em todos os âmbitos de nossa sociedade: na escola, no trabalho em setores públicos e privados, dentre outros. Existe uma necessidade de alocar os excluídos da sociedade em um ambiente onde possam desenvolver suas potencialidades, dessa forma, o debate sobre políticas públicas para esses indivíduos vem ganhando força principalmente no âmbito educacional. Considerando isto, Almeida (1996) aborda as reformas educacionais, de modo a indagar sobre a capacidade de inclusão dos alunos, isso de certa forma vai remeter também com a questão da exclusão e da problemática em torno de sua história, no qual essa necessidade de se preocupar com a exclusão era justamente uma forma de tentar superar o fracasso escolar dos alunos, no entanto, este enfoque já está enfraquecido e não está mais entre os objetivos principais. Com relação à problemática dos fatores que estão envolvidos na implantação das políticas de inclusão faz-se necessária a criação de meios que possibilitem a capacitação dos profissionais que trabalham com essa questão, de modo que, seja efetivada uma prática comprometida com a transformação social. Nesse sentido, esse trabalho visa investigar se as instituições responsáveis pela inclusão dos portadores de necessidade especiais estão suprindo-as, considerando as variáveis que permeiam a nossa sociedade. Para tanto, foram selecionados para nossa investigação o Instituto dos Cegos e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, localizadas na cidade de Campina Grande – PB. Até o presente momento, foram efetuadas três visitas observacionais e duas entrevistas com funcionárias das mencionadas instituições. Os dados vêm demonstrando que o Instituto dos Cegos, apresenta uma estrutura física antiga, contendo salas de informática, biblioteca, marketing, entre outras, já o corpo de trabalho é representado por um número limitado de funcionários: professores e duas psicólogas, sendo que uma dessas trabalha como ledora, com isto evidencia-se que não existe uma equipe multidisciplinar que possa promover um atendimento adequado aos usuários e as famílias que frequentam a instituição. Com relação Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE, os dados vêm elucidando que a instituição se encontra bem estruturada no que diz respeito ao acolhimento e acomodação dos sujeitos, oferecendo um serviço interessante a comunidade, entretanto, ainda enfrenta dificuldades no que concerne a efetividade de um trabalho conjunto da equipe multiprofissional, que é formada por Fisioterapeutas, Psicólogos, Assistente Social, Fonoaudiólogo, Pedagogo e Médico. Por fim, percebe-se que as observações ao Instituto dos Cegos e a APAE, tem nos possibilitado um novo olhar sobre os indivíduos que possuem certas limitações. Ressaltando ainda, a importância da presença de profissionais dedicados aos seus alunos, que buscam ajudá-los, transmitindo o conhecimento, sentimentos de carinho, cuidado e fortalecimento. Além disso, foi possível identificar quão necessária é a presença de um maior incentivo financeiro do Governo a estas instituições. Dessa maneira, o importante é que seus usuários possam se desenvolver adequadamente, contando com o respaldo não apenas governamental, mas social, de modo que, possam se sentir verdadeiramente inseridos na sociedade.