É notório no Brasil e no mundo o crescimento das pesquisas, políticas públicas e trabalhos desenvolvidos pelas universidades, por governos e as chamadas Organizações Não-Governamentais (ONGs) no campo da Educação Ambiental. As lutas ocorridas na década de 1980 pela redemocratização do país deram um novo significado a conceitos como cidadania, democracia e desenvolvimento. E no escopo dessas lutas, dentre tantas outras temáticas, o tema da Educação Ambiental (EA) ganhou fôlego no embate ao modelo societário expropriador e excludente imposto pelo modo de produção capitalista. Várias foram as organizações que começaram a desenvolver práticas auto intituladas “sustentáveis”, que inseriram o tema ‘ambiental’ como um dos focos prioritários para atuar. Estas organizações vão desde grupos de bairro, passando por organizações religiosas, movimentos sociais e também fundações empresariais. É amplo o leque de origem e as propostas de tais organizações bem como a abordagem que utilizam para compreender o debate sobre a chamada crise ambiental. A EA se tornou foco essencial de atuação para estas organizações dado a centralidade da exploração dos recursos naturais nos países de capitalismo dependente como o Brasil, inseridos na economia internacional como exportador de commodities. O objetivo deste artigo é apresentar uma leitura sobre as relações entre o fortalecimento da Educação Ambiental e às organizações que atuam na sociedade civil no Brasil a partir dos referenciais teóricos da Educação Ambiental Crítica.