A cidade de Campina Grande no século XX vivenciava o auge do seu processo de desenvolvimento. Neste período, emergiu várias instituições preocupadas com a educação dos jovens campinenses dentro de uma perspectiva educacional pautada em temáticas como: corpo, higiene e disciplina o que trouxe a adoção da disciplina de Educação Physica nas grades curriculares de algumas escolas. Este estudo possui como objetivo discutir como emergiu o Ensino de Educação Physica no Instituto Pedagógico Campinense na década de 1930, sob a perspectiva de gênero. Trata-se de uma pesquisa documental, realizada no ano de 2014, a fonte consultada foi a Revista Evolução, a mesma, foi digitalizada, transcrita, catalogada, e os artigos que condiziam com o nosso objetivo receberam leitura exaustiva e debates das interpretações pelas(o) autoras/autor. A analise foi desenvolvida a partir da literatura relacionada à temática e para categoria de gênero adotamos o conceito abordado pela historiadora Joan Scott (2012). Verificou-se as marcas das questões de gênero, expressas no texto e imagem analisada, aonde o ensino da Educação Physica era voltado para instruir as meninas e os meninos diante dos papeis sociais atribuídos às mulheres e homens e os exercícios gymnasticos eram direcionando conforme ideologia associada à maternidade para mulheres-procriadora, mãe e execução de força para homens-militar, indústria. Concluiu-se que o ensino da Educação Physica possui sua história marcada por determinantes sócias emergidos por valores morais e cívicos que perpetuam na sociedade ate os dias de hoje, evidenciando a contribuição para compreensão de fatores que aconteceram/acontecem nas instituições de ensino que influenciam as diferenças marcadas pelo corpo biológico e estimulam a formação de pessoas dentro de padrões considerados normais e aceitáveis pela sociedade.