Introdução: A Lei 10639/2003 estabelece “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira” (2003). Partiu-se do pressuposto da necessidade de trabalhar a questão da diversidade e do respeito às diferenças, não apenas a partir do ingresso da criança no Ensino Fundamental, mas desde o momento de sua inserção na Educação Infantil, desde que feito de forma lúdica e respeitando sua forma de pensar e seu estágio de desenvolvimento. Objetivos: promover espaços de reflexão com as crianças da Educação Infantil sobre a diversidade e o respeito às diferenças e a outros padrões de beleza, além do europeizado que nos é imposto. Metodologia: projeto Aninha, uma amiga especial, vivenciado na sala, no ano de 20113, do Maternal-II, numa creche municipal da cidade de Campina Grande-PB, quando foram vivenciados momentos que propiciaram o respeito à inclusão e aceitação do Negro como belo em sala de aula. Por meio da interação direta com as bonecas negras em sala de aula, as crianças construíram laços afetivos com a mesma, pois ela (a boneca) era a 26ª aluna da turma, participava de todas as atividades da sala, da rodinha, do banho, da alimentação, da troca. Junto com “Aninha”, foi enviada uma ficha de acompanhamento, para que os pais relatassem como foi a experiência. Discussão e Resultados: aos poucos, a presença de Aninha era cada vez mais requisitada pelas crianças, num desses momentos uma das crianças perguntou “Tia, posso levar Aninha para casa?”, foi então que a boneca começou a fazer visitas semanais às crianças, através de um sorteio semanal, as visitas foram agendadas. Antes disso, conversamos com os pais sobre a disponibilidade de eles receberem essa visita aos finais de semana, todos a princípio concordaram sem ressalva, inclusive os pais de meninos. Uma ficha foi encaminhada com a boneca, para que fosse registrada a experiência vivenciada. Conclusão: Acreditamos que, aos poucos, conseguimos com as bonecas negras trabalhar de forma lúdica a identidade negra de forma positiva, pois se antes a boneca era chamada de “feia” pelos pais, ao longo do ano ela foi conquistando a todos, e passou a integrar a nossa turma, conquistando a todos, inclusive aos funcionários, pois ela já era identificada pelo nome e não era mais chamada de boneca.