O presente artigo está relacionado a um estudo acerca das influências do movimento dos higienistas no início do século XX na educação, o qual faz parte de pesquisas realizadas no Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas (CEDU/UFAL), as quais estão ligadas à história do currículo e das práticas pedagógicas nas escolas primárias nesse período. Utilizamos como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica acerca do tema que aborda questões importantes para o entendimento sobre a concepção do higienismo e educação no Brasil. Este estudo encontra-se na fase inicial e se justifica pela importância do processo histórico desse período para importantes mudanças no âmbito do ensino primário, assim como na perspectiva de infância e de inclusão da psicologia na educação que trouxe um novo olhar para tratamento de crianças especiais, que até então eram enclausuradas em porões de hospitais e manicômios sem nenhum convívio social. Em meio ao contexto do início do século XX, os intelectuais e médicos higienistas brasileiros entendiam que a desorganização social e o mau funcionamento da sociedade eram fatores que impediam o progresso do país. A higiene se tornou uma necessidade para que houvesse mudanças no comportamento dos brasileiros e assim o controle social, ou seja, sem a ordem não se teria o progresso. Nesse sentido, este artigo tem por objetivo discorrer sobre o movimento higienista, seu contexto histórico e suas influências no sistema educacional enfatizando o trabalho realizado pelo médico alagoano Arthur Ramos no Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental em 1934. Para tanto, buscamos fundamentar nosso trabalho com estudos de Arthur Ramos (1939), Monarcha (2009) e Mansanera e Silva (2000).