O presente estudo apresenta os efeitos de um projeto de pesquisa-ação desenvolvido a partir da identificação que os alunos da Licenciatura em Computação, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IF Sertão PE, que cursaram no primeiro semestre de 2013 a disciplina de didática, não possuem identificação com a região que nasceram e por isso são conseguem fazer o uso da tecnologia de forma contextualizada, pautando-se na perspectiva da valorização da realidade local, suas raízes culturais, sociais, regionais, a fauna e a flora, conforme destaca os Parâmetros Curriculares Nacionais e pesquisadores sobre a Educação Contextualizada para a Convivência no Semiárido, como Küster & Mattos (2004) . Para alterar tal perspectiva foram propostas quatro etapas: a primeira de estudo da educação contextualizada para a convivência no semiárido, a segunda de vista a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRPA, unidade Semiárido, para reviver e desmistificar o semiárido, a terceira e a quarta envolvem a observação dos professores de quatro escolas públicas de Petrolina e análise de software disponíveis nestas escolas para utilização no laboratório de informática. Ao término do trabalho, dos 30 alunos envolvidos, 25 afirmaram que se tivessem vivenciado uma educação básica que proporcionasse uma educação para a convivência no seminário a visão deles sobre a região e suas possibilidades não teria sido tão negativa por vários anos da vida. Os outros cinco alegam que não querem mesmo morar na região, querem desbravar, viver outras possibilidades, nada a ver com a região. Vale ressaltar que dos quatro professores que foram investigados, nenhum em suas aulas trabalha com os conteúdos contextualizados para a perspectiva do seminário, todos trabalham com as informações apenas do livro e a atuação no laboratório de informática é para uso em sites de busca ou softwares que são padrões, ou seja, não valorizam a realidade do semiárido.