Esta pesquisa em andamento tem como proposta a observação da escola do campo Reginaldo Claudino de Sales, no município do Conde/PB. Este trabalho faz parte da disciplina de Estágio Supervisionado V, ministrada pela professora Fernanda Mendes, junto ao Departamento de Habilitações Pedagógicas – DHP, do curso de Pedagogia (Área de aprofundamento Educação do Campo), do Centro de Educação, da UFPB. A pesquisa tem o objetivo de trabalhar com as diretrizes propostas pela lei 10.639/2003, tendo como perspectiva uma educação que supere o racismo e tenha o respeito à diversidade, sendo assim, contextualizando-as a partir do desenvolvimento sócio - histórico e cultural brasileiro, além disso, identificar em lócus se a lei 10.639/2003 está sendo implementada; desenvolver atividades teórico-práticas visando possibilidades de diversificação curricular e a formação dos educandos. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa de natureza participante. Como instrumento de coleta de dados utilizamos a observação participante, registros, relatórios e a revisão literária em autores como: Leite (2002); Fiabane (2005); Castro (2012), entre outros. Esta observação e análise tem como referência a Lei 10.639/2003 que garante nas escolas do ensino fundamental e médio, da rede pública e privada, o ensino obrigatório sobre a História e Cultura Afro-Brasileira. Portanto, incluindo no conteúdo programático a história da África e dos Africanos, a luta dos negros, resgatando a contribuição cultural, econômica, social e política, assim formando o povo brasileiro. A partir dessa lei educacional, fomos observar na prática como a escola pública do ensino fundamental está inserindo esta política no ambiente escolar, através do questionário de pesquisa de campo, identificamos parcialmente um conhecimento elementar, sem muito aprofundamento sobre a temática étnico-racial ou até mesmo sobre a Lei 10.639/2003. Sendo visível a ausência de uma formação dos professores sobre as questões étnico-raciais, impossibilitando uma educação para e pela diversidade. Mesmo assim, a escola corrobora com a inclusão do tema, tendo como instrumento o livro didático “Educando pela Diversidade”, no esforço de incluírem o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar. A discussão aqui apresentada são iniciais, em que há muito que explorar e aprofundar, ao mesmo tempo, o sentido desta reflexão tem o intuito de ser um estudo e uma provocação acerca do debate das relações étnico-raciais nas escolas, sobretudo, na escola do campo.