NESTE TEXTO PROCURAMOS MOSTRAR, EM PRIMEIRO LUGAR, COMO OS (AS) PRESOS (AS) EXPRESSAM, EM DIFERENTES LINGUAGENS, O QUE SIGNIFICA PARA ELES (AS) LIBERDADE. PREDOMINA, AQUI, O PENSAR E AGIR DELES (AS), UMA VEZ QUE NOSSA PREOCUPAÇÃO SEMPRE ESTEVE VOLTADA PARA REGISTRAR A REALIDADE DE SUAS VIDAS QUE CONSEGUIRAM ROMPER A POTÊNCIA DEVASTADORA DE UMA ESTRUTURA APARELHADA E QUE DEFINE, A SEU BEL PRAZER, QUEM VIVE E QUEM NÃO. QUEM TRANSITA E QUEM NÃO; QUEM TEM SEUS CORPOS EXPOSTOS À VIOLAÇÃO E QUEM NÃO; QUEM ASSUME A DOR E QUEM NÃO; E O QUE NOS PARECE MAIS CRUEL: QUEM PODE AMAR E QUEM NÃO! NESTE SENTIDO, O TEXTO TRAZ A MATERIALIDADE QUE DÁ VOZ ÀQUELES (AS) QUE TÊM DENTRO DE UMA “INSTITUIÇÃO TOTAL” (GOLFFMAN, 1974: P. 11), A CONDIÇÃO NATURAL DE SUJEITO DESPREZADO PELO ESTADO. DAR VOZ A ALGUÉM OU ALGUÉNS, É ENTENDER QUE ESSE OUTRO FALA E PROCURA UM LUGAR PARA SUA ENUNCIAÇÃO, PORQUE FALAR É EXISTIR PLENAMENTE PARA O OUTRO. (BAKHTIN, 1992: P. 289-326) PORQUE FALAR É O ATO QUE DÁ AO SUBALTERNO, AOS “CONDENADOS DA TERRA (FANON, 2005: P. 13)” * A POSSIBILIDADE DE ESCAPAR À SUA CONDIÇÃO DE MISÉRIA.