OS FENÔMENOS RADIOATIVOS, TÃO PRESENTES NO COTIDIANO, FICAM DISTANTES DA REALIDADE DOS DISCENTES, POIS POUCO É ENSINADO SOBRE AS ATIVIDADES DOS ISÓTOPOS INSTÁVEIS E DOS FENÔMENOS RELATIVOS A ELES, NATURAIS EM SUA MAIORIA. DESSE MODO, PERPETUA-SE A IDEIA DE QUE QUALQUER ATIVIDADE RADIOATIVA ESTÁ ASSOCIADA A ACIDENTES NUCLEARES. UM DOS MOTIVOS À PERPETUAÇÃO DESSES DISCURSOS É O MODO COMO A RADIAÇÃO É ABORDADA NO ENSINO DE CIÊNCIAS, SOB A FORMA DE FÓRMULAS E TRATAMENTOS MATEMÁTICOS, OS QUAIS NÃO FORNECEM UMA INTERFACE À NATUREZA, À REALIDADE. VISANDO MELHORAR ESSE CONTEXTO, CONSTRUÍMOS UM TUBO DE ACRÍLICO DE 2 M DE COMPRIMENTO A FIM DE ESTUDAR O CRESCIMENTO DA RADIAÇÃO, EM SEU INTERIOR, DE PEDRAS ORIUNDAS DE REJEITOS DE UMA MINA DE URÂNIO. AS MEDIÇÕES DE RADIAÇÃO SÃO FEITAS USANDO UM MONITOR GEIGER-MÜLLER. OS RESULTADOS MOSTRARAM QUE QUANDO O GEIGER ESTÁ PERTO DE UMA CORRENTE DE AR NO TUBO A INTENSIDADE RADIOATIVA MEDIDA DIMINUI; JÁ AO COLOCÁ-LO NA POSIÇÃO DE ISOLAMENTO, A MEDIDA AUMENTA QUASE O DOBRO, O QUE INDICA QUE O AR EM MOVIMENTO CARREGA CONSIGO AS PARTÍCULAS RADIOATIVAS, INTERFERINDO NAS CONTAGENS DE RADIAÇÃO. A CORRENTE DE AR, CUJA ENTRADA FOI FORÇADA COM O AUXÍLIO DE UMA BOMBA DE VÁCUO, MOSTRA FATOS COMO A IMPORTÂNCIA DE SE AFASTAR DE UM ACIDENTE NUCLEAR NO SENTIDO CONTRÁRIO AO DO VENTO E A UTILIDADE DE SE MANTER AS RESIDÊNCIAS BEM AREJADAS A FIM DE NÃO SE ACUMULAR RADIONUCLÍDEOS, QUE TEM ORIGEM EM ROCHAS QUE FAZEM, EM GERAL, PARTE DA COMPOSIÇÃO DAS CONSTRUÇÕES.