TRATA-SE DE UMA PESQUISA COM 12 JOVENS, ETARIEDADE ENTRE 15 A 24 ANOS (REDE PÚBLICA DE ENSINO). TEVE COMO LÓCUS O SERVIÇO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO (SAE) EM CUIABÁ – MT. COM VIÉS QUALITATIVO, TAL PESQUISA TEVE POR OBJETIVO ANALISAR OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS POR JOVENS COM DIAGNÓSTICO POSITIVO PARA HIV, FRENTE SUAS VIVÊNCIAS NO AMBIENTE DE ENSINO, NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, NAS RELAÇÕES DE PODER, ESTIGMAS E PRECONCEITOS. TRABALHOU-SE ENQUANTO OLHAR TEÓRICO-METODOLÓGICO COM O CONSTRUCIONISMO SOCIAL, POR MEIO DA ANÁLISE DE REPERTÓRIOS LINGUÍSTICOS, INTENCIONANDO INVESTIGAR A PRODUÇÃO DE SENTIDOS ENUNCIADOS POR PRÁTICAS DISCURSIVAS (SPINK, 2012). FRENTE AOS RESULTADOS, EMERGIRAM RELATOS CONCERNENTES AO IMPACTO DO DIAGNÓSTICO, SENTIDOS DE MEDO, DESESPERO E PARALISAÇÃO DE MODO TEMPORÁRIO, NÃO OBSTANTE, DESTACARAM-SE TAMBÉM SENTIDOS DE ACEITAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DIANTE DA NOVA REALIDADE COMO UM MODO OUTRO DE EXISTIR. MAS, SÃO GRITANTES OS RELATOS DE SUJEITOS VÍTIMAS DE ESTIGMAS, PRECONCEITOS POR CAUSA DA ORIENTAÇÃO HOMOAFETIVA E POR SE VIVER COM HIV/AIDS, EXPRIMINDO O MEDO DA EXPOSIÇÃO DIANTE DE COLEGAS E PROFESSORES. PERANTE TAIS RELATOS É POSSÍVEL PENSAR – ENTRE TANTOS FATORES LIGADOS AO PRECONCEITO – SOBRE O ASPECTO MORAL E DISTORCIDO ENTRE HOMOSSEXUALIDADE/HIV, O QUE APONTA IDEOLOGICAMENTE PARA PROMISCUIDADE; POR ISSO PRETENDEU-SE DESMISTIFICAR SÓCIO-HISTORICAMENTE A PALAVRA “PROMISCUIDADE” REAVENDO-A ENQUANTO ATRIBUTO IMPORTANTE NAS RELAÇÕES E ENFRENTAMENTOS DOS CORPOS SOCIAIS, ESTIGMATIZADOS E MARGINALIZADOS, SIMPLESMENTE POR SE ENCONTRAREM EM CONDIÇÕES MÚLTIPLAS DE SUBJETIVAÇÃO E EXPRESSÃO, SOCIALMENTE CONDENADOS POR QUEBRAREM O PROTOCOLO E O MODELO IDEOLÓGICO DE CORPO MODERNO, COLONIAL E BURGUÊS.